15/12/2015
A
participação da Agroicone na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima (COP21) se estendeu para além do acompanhamento das
negociações internacionais que foram realizadas no parque de exposição Le
Bourget, nos arredores de Paris.
Representantes da organização estiveram em eventos
promovidos por entidades dos setores público e privado do Brasil que ocorreram
na capital francesa, paralelamente à programação oficial da Conferência.
Nos dias 2 e 3 de dezembro, o diretor geral da
Agroicone, Rodrigo Carvalho Lima, participou dos encontros realizados pela
Raízen, empresa líder no setor sucroenergético brasileiro. Na oportunidade, foi
apresentado um estudo elaborado pela Agroicone que evidencia a contribuição da
participação do setor sucroenergético na redução dos gases de efeito estufa,
por meio da produção de energia renovável (etanol e bioeletricidade) e na
implementação do Código Florestal no setor.
A análise mostrou que, havendo políticas
adequadas, a Raízen sozinha poderia mitigar 142 milhões de toneladas de CO2eq
entre 2015 e 2030– o que equivale a um ano de emissões do setor de transportes
de um país como a França. Adicionalmente o desenvolvimento de políticas de
incentivo para este setor é essencial no cumprimento da meta brasileira de redução
de emissões, já que ele contempla a produção de biocombustíveis; produção de
energias renováveis; e proporciona o uso adequado da terra.
Já a pesquisadora sênior da Agroicone, Laura
Barcellos Antoniazzi, participou do lançamento da estratégia “Produzir,
Conservar e Incluir” do Estado do Mato Grosso, realizado pelo governador Pedro
Taques, no dia 7 de dezembro. No lançamento, foram mostradas metas robustas de
restauro florestal (2,9 milhões de hectares), zerar o desmatamento ilegal no estado
até 2020, e converter 6 milhões de hectares de pastagens de baixa
produtividade. Estas e demais metas da estratégia têm alto potencial de redução
de gases de efeito estufa, 6Gt de CO2eq. até 2030.
A Agroicone participou do desenvolvimento da
estratégia, junto a outras organizações da sociedade civil e do setor produtivo,
em uma iniciativa única para conciliar o aumento da produção agrícola com a
conservação ambiental, além de inclusão social e geração de renda para o Mato
Grosso. A iniciativa, com liderança governamental e participação
multistakeholder, precisa agora ser implementada e, para tal, precisa atrair
investidores e parceiros brasileiros e internacionais.
Vale destacar que cadeias globais de fornecimento,
governos e organizações conservacionistas estão cada vez mais dispostas a
fortalecer programas estratégicos como o que foi apresentado pelo Governo de
Mato Grosso, o que pode tornar tal estratégia um modelo concreto de conservação
ambiental aliado a desenvolvimento econômico.
Eventos e cerimônias dos setores público e privados
durante a COP podem ser tão relevantes quanto a negociação oficial e estão cada
vez mais ganhando espaço na agenda. Isto porque está claro que grande parte da
implementação das iniciativas e ações acordados nas conferências de clima serão
lideradas de fato por governos subnacionais, empresas e investidores. O
reconhecimento da importância destes atores foi, inclusive, mencionado no
Acordo de Paris e nas falas dos principais líderes mundiais. Cooperação entre
países – e também entre diversos setores da sociedade - é o caminho para
colocar em prática o histórico pacto climático da COP21.
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