12/06/2017
Motivados
pela busca de soluções que proporcionem ao Brasil reduzir o desmatamento,
parceiros do Tropical Forest Alliance (TFA 2020) – entre eles a Agroicone -
participaram de um webinar dedicado à compreensão do contexto atual da cadeia
de carne no Brasil, tendo destaque para a exposição de ferramentas que
possibilitem o monitoramento e rastreabilidade dos “fornecedores indiretos”.
“Atualmente,
não existe uma ferramenta que permita controlar a origem do animal, desde o
nascimento até o abate. Entretanto, antes de buscar a solução, é necessário
entender profundamente a questão, com uma visão integrada da cadeia produtiva,
especialmente o perfil da produção e dos produtores”, afirma Leila Harfuch,
representante da Agroicone nesta ação.
A
política de monitoramento dos fornecedores diretos foi adotada de forma ampla,
até então, voluntária, por apenas três grandes frigoríficos. Aqueles
de menor porte, embora já tenham avançado neste sentido, não a implementaram em
sua totalidade. Ainda, há a dificuldade de encontrar informações dos
fornecedores indiretos, ou seja, aqueles que estão nos sistemas de cria e/ou
recria.
No
webinar, houve a apresentação de um protocolo voluntário, desenvolvido pelo Grupo
de Trabalho sobre Fornecedores Indiretos – GTFI, no qual a Agroicone participa,
e casos específicos de monitoramento de originação nos projetos de
intensificação da pecuária. “Contribuímos com um estudo detalhado para o estado
do Mato Grosso, com um zoneamento das áreas de riscos de desmatamento no
entorno das plantas frigoríficas, onde pode haver risco de originação associada
ao desmatamento. Apontamos onde há concentração de fornecedores indiretos, qual
a relação deles com o desmatamento, quanto os assentamentos representam neste
mercado e qual é o tamanho das propriedades”, afirma.
De
acordo com Leila, a partir do cenário apresentado é possível pensar em
alternativas para caminharmos rumo à regularização. “É preciso construir uma
agenda positiva para tratar de um assunto complexo como este. Simplesmente
identificar e excluir do mercado o fornecedor indireto com irregularidades
ambientais não garantirá a originação com ‘desmatamento zero’. Pelo contrário,
pode instaurar mais ilegalidade no mercado e, ainda, até causar problemas
sociais. Temos que implementar ações localizadas e trazer o produtor para a
adequação ambiental, incentivando-o, por exemplo, à aderirem aos Programas de
Regularização Ambiental (PRA) estaduais, contido no Código Florestal
Brasileiro”, finaliza Leila.
Fonte: Redação
Autor: Agroicone
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