Crédito: Fotos Jeferson Prado

Iniciativa Caminhos da Semente avança no plano para apoiar a restauração no Brasil

A Iniciativa Caminhos da Semente trabalha faz um ano para impulsionar a restauração ecológica com o método da semeadura direta. Este método consiste em plantar uma mistura de sementes nativas junto com espécies de adubação verde em solo previamente preparado. Com a semeadura direta é possível fazer a restauração com resultados que atendem as exigências do Código Florestal e com redução de custos significativa em relação a métodos convencionais. “Os estudos feitos pela Agroicone mostram que a semeadura direta pode custar até três vezes menos, o que é muito importante para facilitar a recuperação de vegetação nativa nas propriedades rurais”, afirma Laura Antoniazzi, sócia da Agroicone que coordena a Iniciativa.

O plano de ação da semeadura direta reúne estratégias em cinco pilares: capacitação, assistência técnica para novos plantios, aumento da oferta de sementes, soluções regulatórias e divulgação de conhecimento.

Na frente de novos plantios, o objetivo é apoiar tecnicamente novas áreas de recuperação de vegetação com semeadura direta, para fins de regularização ambiental e demonstração do método em locais estratégicos. Até o fim de dezembro de 2019 foram realizados 14 plantios e no primeiro trimestre de 2020 mais 12 plantios, em São Paulo e outros quatro estados. A assistência técnica para estes plantios é dada por técnicos da Iniciativa em formato presencial e virtual por meio de modelo desenvolvido por especialistas em restauração.

Em março foi realizada também uma visita técnica nos municípios de Rosário do Oeste e Diamantino, no Mato Grosso. O objetivo dessa viagem foi a demonstração do método para técnicos ambientais e jornalistas, que puderam conhecer duas experiências importantes com restauração. Em Rosário do Oeste, a visita foi ao Parque SESC Serra Azul, para monitoramento de uma área recuperada com apoio da Iniciativa em dezembro. Em Diamantino, o grupo conheceu a experiência dos coletores da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX), que forneceu as sementes para diversos plantios, inclusive o do SESC.

A Iniciativa é coordenada pela Agroicone, com apoio técnico do Instituto Socioambiental (ISA) e apoio técnico e financeiro do programa do Reino Unido Partnerships For Forests (P4F).

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