Além do mercado regulado de carbono – onde a demanda é compulsória para vários setores da economia – haverá também oportunidades no mercado voluntário, que viabiliza projetos para redução das emissões com benefícios adicionais para a proteção da biodiversidade, redução da poluição, geração de novas fontes de energia renovável, promoção da saúde pública e geração de empregos.
No mercado voluntário, a demanda advém de metas e compromissos não obrigatórios adotados por empresas e outros atores. A agropecuária ainda tem pouca participação nesse mercado, mas já existem metodologias voltadas para o setor como quantificação de carbono no solo, redução do uso de fertilizantes, manejo de pastagens, redução de metano na pecuária.
Em artigo para o Agrocast, da Agência Estado, o sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo C. A. Lima, destacou que nem todo projeto poderá se qualificar para gerar créditos de carbono para um mercado em que integridade ambiental será um critério determinante. No entanto, há um grande potencial para diversos setores gerarem projetos que entreguem créditos de carbono e ainda, cobenefícios ambientais e socioeconômicos.