Imagem: Tadeu Fessel / UNICA

Comissão Europeia revisou critérios de classificação de biocombustíveis

A Agroicone participou do Grupo de Trabalho que contribuiu para a revisão dos critérios de classificação dos biocombustíveis renováveis da Comissão Europeia, ou seja, aqueles que continuarão sendo utilizados para atender metas da Diretiva Europeia de Energias Renováveis (RED-II -2021-2030). De acordo com a nova Diretiva, que define regras para inserção de energia renovável na matriz energética europeia, biocombustíveis que tenham uma expansão significativa em áreas de alto estoque de carbono não serão considerados renováveis e serão banidos da política até 2030. De acordo com o texto final, divulgado na primeira quinzena de março, o biodiesel de soja e o etanol de cana-de-açúcar permanecem classificados como renováveis.
A Comissão atualizou e corrigiu dados sobre a expansão da soja sobre áreas de alto estoque de carbono entre 2007 e 2017 no Brasil, considerando dados apresentados pela Agroicone para os biomas Amazônia, Cerrado e outras regiões do país. O risco de desmatamento indireto da soja passou de 10,4% para 8,2% e o da cana-de-açúcar de 5% para 2,3%. Segundo o socio da Agroicone, Marcelo Moreira, que participou do Grupo de Trabalho, esses dados ainda precisariam ser aprimorados, principalmente para a cana.
Deixaram de ser considerados renováveis os biocombustíveis com risco de desmatamento acima de 10%, como foi o caso do biodiesel de óleo de palma, que foi calculado em 41,9%. Segundo a Comissão Europeia, o risco de expansão dessa cultura sobre florestas na última década foi de 69% na Indonésia, 15% na Malásia e 15% nas demais regiões, principalmente América Latina.
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