Em uma matéria recente da Bloomberg, que conta com a participação de Marcelo Moreira, sócio da Agroicone, o Brasil é destacado como um potencial centro global para o desenvolvimento de combustível sustentável de aviação (SAF), atraindo o interesse da Shell e da Mubadala Investment para a instalação de fábricas no país.
O SAF é uma das principais alternativas para reduzir a pegada de carbono da indústria da aviação, responsável por cerca de 2,5% das emissões globais. Segundo a Organização da Aviação Civil Internacional, o etanol de cana-de-açúcar produzido no Brasil emite menos carbono que outros ingredientes de SAF, como o óleo de soja ou o etanol de milho dos Estados Unidos. Com isso, os SAF brasileiros são mais eficientes para ajudar as companhias aéreas a atingirem suas metas de redução de emissões.
Em sua análise, Marcelo Moreira explicou que “quanto mais exigentes forem os planos de redução de emissões, quanto maior o preço do carbono, mais bem posicionado o Brasil estará” . Esse cenário reforça a capacidade do país de atender à crescente demanda por combustíveis limpos na aviação.
Além disso, espera-se que a produção de SAF no Brasil atinja cerca de 50 bilhões de litros até 2030, consolidando-o como um exportador global. Com apoio de linhas de crédito e novas legislações voltadas à descarbonização, o Brasil se prepara para construir suas próprias usinas de SAF.