Está no ar a edição referente ao 4º trimestre da safra 2024/2025 do boletim Crédito Rural em Jornada de Sustentabilidade. A publicação trimestral, desenvolvida pela Agroicone, tem como objetivo monitorar de forma contínua o avanço do crédito rural alinhado à sustentabilidade no país.
Esta edição traz os dados mais recentes do período e consolida as informações acumuladas ao longo de toda a safra, oferecendo uma análise aprofundada dos recursos contratados com potencial para impulsionar práticas agropecuárias mais sustentáveis.
A publicação aplica uma metodologia pioneira de rastreamento dos recursos do crédito rural a partir da base de dados do Sicor/BCB, em alinhamento com políticas públicas como o Plano ABC+. O resultado mostra que R$ 69,2 bilhões foram contratados com potencial de alinhamento à sustentabilidade, o que representa 23,2% do crédito rural total desembolsado na safra — um crescimento proporcional de 1,9 ponto percentual em relação ao ciclo anterior.
O boletim apresenta uma análise detalhada por tipo de atividade, finalidade (custeio ou investimento), produtos financiados, fontes de recurso e distribuição geográfica. Destacam-se:
- A expressiva participação dos subprogramas sustentáveis do Pronaf, especialmente o Pronaf Bioeconomia;
- A consolidação do RenovAgro como principal programa de investimento sustentável entre médios e grandes produtores;
- O avanço da pecuária na alocação de recursos com potencial sustentável;
- A preocupação com a queda nos investimentos estruturantes, como correção intensiva do solo, fundamentais para a transição agroambiental.
A análise de conjuntura aborda os principais fatores que influenciaram o cenário do crédito rural no período, como a elevação da taxa Selic, a suspensão temporária da equalização de juros e os impactos climáticos, além das mudanças no comportamento das instituições financeiras.
Mesmo diante de um contexto macroeconômico desafiador, os resultados mostram uma trajetória de qualificação do crédito rural no Brasil, com maior atenção à sustentabilidade, resiliência e mitigação dos impactos das mudanças climáticas. A expectativa é que este monitoramento contribua para orientar políticas públicas e investimentos que acelerem a transição para uma agropecuária mais sustentável.