Agroicone debate participação da agropecuária brasileira na COP-29

A participação da Agroicone no evento promovido pela CNA, referente à entrega ao Itamaraty da posição do setor agropecuário na COP-29, foi fundamental para debater os temas prioritários que estarão em pauta na Conferência, que ocorrerá em novembro, em Baku, no Azerbaijão.

No painel sobre o futuro da agropecuária brasileira na COP-29, a Agroicone destacou a importância da aprovação das decisões do Grupo de Sharm el Sheik de ações climáticas de agricultura e segurança alimentar. Um dos grandes marcos esperados é a aprovação do Portal de Sharm el Sheik, que ficará vinculado à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Esse portal permitirá que os países submetam suas políticas e ações climáticas voltadas para a agricultura, criando um espaço formal para acompanhamento e avaliação dessas iniciativas.

Essa é uma excelente oportunidade para que o Plano ABC+, principal ação climática da agricultura brasileira, seja formalizado dentro da Convenção, reforçando o compromisso do país com práticas sustentáveis no setor. Além disso, ao examinar as 141 Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que tratam da agropecuária, ficará mais evidente o que o mundo propõe em termos de agricultura e mudanças climáticas, essencial para fortalecer as tecnologias e inovações como base das ações climáticas que permitem entregar mitigação e adaptação. 

Outro ponto discutido pela Agroicone foi a atualização da meta brasileira da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que o Brasil pretende apresentar durante a COP-29. Um aspecto crucial neste debate é a forma como o governo abordará o uso da terra, com foco em desmatamento e restauração ambiental.

Afinal, aparentemente já se tem clareza de que a meta de desmatamento zero até 2030 não seja possível, é necessário considerar que, após essa data, não será mais possível contar com reduções de emissões provenientes do desmatamento para o cumprimento das metas climáticas. Na prática, o desmatamento continuará sendo uma questão relevante, e sua redução deve ser computada como uma ação climática estratégica para o Brasil.

🔗 Confira o posicionamento CNA Pré-COP29 na íntegra.

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