A Organização Marítima Internacional (IMO) aprovou recentemente um pacote de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no transporte marítimo internacional — setor responsável por mais de 80% do comércio global e cerca de 2% a 3% das emissões globais.
Em artigo para o Broadcast+, da Agência Estado, Rodrigo Lima, sócio-diretor da Agroicone, e Marjorie Guarenghi, pesquisadora da Agroicone, analisam as implicações econômicas, climáticas e geopolíticas das novas regras e os caminhos que se abrem para o Brasil dentro desse novo contexto.
Dentre as medidas aprovadas pela IMO estão: meta de emissões líquidas zero até 2050, criação de um mecanismo de precificação de emissões com cobrança escalonada de acordo com o desempenho dos navios, criação do Fundo IMO Net Zero, com previsão de arrecadação anual de até US$ 10 bilhões nos primeiros anos, voltado ao financiamento de tecnologias limpas, inovação e biocombustíveis sustentáveis, e incentivos financeiros para navios que operarem com combustíveis de baixa emissão ou zero emissão líquida (ZNZs).
Essas estratégias podem impulsionar transformações significativas nas cadeias logísticas e no comércio internacional.