Com a realização da COP30 em novembro de 2025, em Belém (PA), as atenções se voltam para a crise do multilateralismo e os desafios para a implementação do Acordo de Paris. Como destaca Rodrigo Lima, sócio-diretor da Agroicone, em artigo publicado no Broadcast+ da Agência Estado, o momento é decisivo para avaliar a ambição climática dos países e o avanço das metas para o período 2031-2035.
Apesar dos compromissos já anunciados, a baixa atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e os impasses sobre financiamento climático acendem um alerta sobre a capacidade de resposta global diante da emergência climática. Entre os temas em destaque na COP30 estão a meta global de adaptação, os caminhos para uma transição justa e o novo marco de financiamento climático, que busca mobilizar US$ 1,3 trilhão até 2035.
Lima ressalta que o financiamento climático precisa ir além de doações pontuais, sendo estruturado a partir de múltiplas fontes — públicas, privadas e filantrópicas — e articulado com reformas nos bancos multilaterais, ampliação do crédito concessional e inovação financeira.
A COP30 também deverá consolidar a Agenda de Ação, eixo de mobilização de atores não estatais, como setor privado e sociedade civil, essencial para a implementação de soluções concretas em mitigação e adaptação. A expectativa é transformar a próxima década em um ciclo de aceleração de projetos sustentáveis com foco em desenvolvimento, geração de empregos e qualidade de vida.