Em artigo para o Broadcast+ da Agência Estado, Rodrigo Lima, sócio-diretor da Agroicone, analisa as implicações do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, com foco em sua política comercial internacional e na agenda climática global. De acordo com Lima, Trump adota uma postura protecionista, centrada na estratégia “America First”, que enfraquece instituições multilaterais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e intensifica medidas unilaterais. Ele destaca que a saída dos EUA do Acordo de Paris prejudica a ação climática global, especialmente em um momento decisivo para a implementação de metas ambientais mais ambiciosas.
No campo comercial, as políticas tarifárias e restrições a importações afetam diretamente países como China e Brasil, criando um cenário de incertezas e oportunidades pontuais, principalmente no setor agrícola. Embora Trump priorize a exploração de energias fósseis, ainda há apoio para fontes renováveis, como o etanol de milho, refletindo uma agenda energética complexa e multifacetada.
Quanto ao Brasil, Lima observa que o país precisará ajustar sua estratégia para lidar com o protecionismo americano. Como anfitrião da COP-30, a diplomacia brasileira será fundamental, e a capacidade de conduzir as negociações climáticas será crucial para mitigar os impactos das políticas de Trump e avançar com os compromissos globais de sustentabilidade e comércio.