Artigo Broadcast+: Escalada protecionista e uma nova ordem global

A atual administração dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, tem adotado uma postura cada vez mais protecionista. A imposição de tarifas comerciais, muitas vezes embasada na justificativa de segurança nacional, vem gerando incertezas no comércio global e enfraquecendo instituições como a OMC. O cenário aponta para uma lógica de negociações bilaterais, em que as regras comuns perdem força diante de medidas unilaterais e imprevisíveis.

Em artigo publicado no Broadcast Agro, Rodrigo Lima, sócio-diretor da Agroicone, analisa essa conjuntura sob a ótica da geoeconomia — abordagem que ajuda a compreender como os países vêm moldando suas estratégias em um mundo interdependente e em constante transformação. Lima destaca cinco pilares essenciais para entender essa nova ordem global: produção de alimentos, energia, tecnologia, minerais críticos e defesa.

O relatório National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers (NTE) chama atenção para barreiras comerciais em quase 60 países, enquanto a OMC projeta uma queda de 1,5% no comércio mundial em 2025, impulsionada pelas incertezas da atual política tarifária. A comparação com o Smoot-Hawley Act, adotado na década de 1930, ajuda a entender como a história volta a se repetir — agora com novos elementos, como inteligência artificial, biotecnologia e transição energética no centro das disputas.

Nesse contexto, o Brasil tem uma oportunidade única. Com forte presença na produção de alimentos, fontes renováveis de energia e reservas estratégicas de minerais, o país pode assumir um papel de liderança se conseguir estabelecer parcerias internacionais robustas e garantir um ambiente de previsibilidade e confiança. A relevância do Brasil na nova ordem global dependerá diretamente da sua capacidade de gerar valor, estará diretamente ligada à habilidade de negociar bem e pensar estrategicamente.

🔗 Confira o artigo na íntegra.

Compartilhe: