Brasil pode produzir biocombustíveis avançados com óleo de palma, mas há restrições para mercado europeu

O Brasil tem potencial para contribuir significativamente para a transição energética global, incluindo a produção de Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAFs) para o transporte aéreo.

A Agroicone realizou estudos em parceria com a Unicamp, Boeing e Roundtable on Sustainable Biomaterials (RSB) que verificaram o potencial brasileiro para esses biocombustíveis a partir de 11 tipos de matéria-prima: eucalipto (resíduos e cavaco); soja; milho; cana-de-açúcar e resíduos da cana; sebo bovino; óleo de cozinha usado; gases de indústria siderúrgica; óleo de palma; e óleo de macaúba.

Em entrevista para o portal Brasil Energia, o sócio e pesquisador sênior da Agroicone, Marcelo Moreira, reconheceu o potencial do óleo de palma. “No caso do Brasil, tem uma oportunidade. De fato, tem áreas degradadas que podem ser ocupadas com a palma e, se for feito de maneira correta, com zoneamento agroecológico do investimento, as terras podem ser realmente recuperadas”, declarou ele.

Não existe uma única forma de produzir biocombustíveis. Assim, o CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), que tem entre suas atribuições orientar as medidas globais para reduzir emissões do setor de aviação, não criou um cálculo global para mensurar uso da terra na produção de palma. Os padrões de produção podem diferir muito entre regiões e produtores. O Brasil tem uma oportunidade – se feito da maneira correta – de recuperar áreas degradadas para a palma aliada à produção de biocombustíveis.

Leia a matéria no site do Brasil Energia (acesso para assinantes)

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Conheça também o SAFMaps – portal disponibiliza dados geoespaciais sobre produção, custos e logística de matérias-primas para Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAFs) no Brasil.

Imagem: Unsplash – Bao Menglong

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