Brasil precisará de uma estratégia para equalizar pontos do Pacto Verde Europeu

Os efeitos do Pacto Verde Europeu (Green Deal) na economia e no agronegócio brasileiro e sua influência no cenário internacional foram o tema do Fórum Agro: Brasil Protagonista, realizado dia 31 de janeiro pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). O sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo C. A. Lima, foi um dos debatedores do painel “Os efeitos e riscos para a economia e para o agronegócio brasileiro”.

O painel teve também participação de Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Consultivo da ABPA; Túlio Dias, diretor de Sustentabilidade da Agropalma; e moderação de Ingo Plöger, vice-presidente e coordenador do Comitê de Relações Internacionais da ABAG.

Rodrigo defendeu a produção eficiente na pecuária, que reduza os impactos ambientais, e destacou a importância do Plano ABC+ para alcançar objetivos de reduzir emissões de gases do efeito estufa. Destacou que o Green Deal vai muito além do objetivo de descarbonização e que o setor privado brasileiro precisa compreender e estar preparado para potenciais exigências que podem se tornar barreiras ao comércio. Apontou que é fundamental que o Brasil apresente um plano de implementação das metas climáticas na COP28, que será realizada em Dubai em 2023, e que é essencial aproveitar o ímpeto de retomada do Acordo EU-Mercosul como forma de negociar com os europeus.

“Se a gente vai compensar emissões de desmatamento legal, implementar o Código Florestal e ter capacidade de separar as coisas, porque o agro paga a conta por não conseguir separar o que é legal o que é ilegal, ninguém poderá dizer que não estamos procurando implementar nossas metas no Acordo de Paris”, enfatizou. Segundo Rodrigo, isso deve ser prioridade porque outros mercados como Reino Unido e Estados Unidos também estão discutindo suas políticas de importação de produtos.

 

 

Compartilhe: