Empregos verdes como estratégia de reconstrução pós-pandemia

Uma das questões atuais sobre a reconstrução da economia no cenário de pós-pandemia, agravado por consequências climáticas e geopolíticas, é a necessidade de promover empregos verdes. Significa assegurar a criação dos postos de trabalho em contexto que considere não somente a quantidade, mas também a qualidade das vagas criadas. Isso inclui a contribuição desses novos empregos para a redução de emissões dos gases de feito estufa, além das condições do trabalho em termos de remuneração adequada, ser exercido com liberdade, equidade e segurança e ser capaz de assegurar uma vida digna.

Na agropecuária, existe um desafio em atrair e qualificar a mão-de-obra para esses empregos, uma vez que grande parte das fazendas e empresas que geram empregos no agro estão distantes dos grandes centros urbanos. “Uma experiência recente foi a do setor sucroenergético, que na região Centro-Sul fez a transição gradual da colheita manual para a colheita mecanizada, e com isso esses trabalhadores foram treinados para novas atividades no setor de cana, sendo realocados para as atividades da mecanização e para outros trabalhos específicos, nas usinas ou em outros serviços associados próximos das áreas de atuação das usinas”, observa a pesquisadora sênior e sócia da Agroicone, Laura Antoniazzi.

Laura destaca que essa experiência brasileira recente, que envolveu setor privado com apoio do terceiro setor e do poder público, foi um exemplo de transição para uma economia verde no setor sucroenergético.

O assunto foi pauta de uma série de debates do programa Capital Natural, transmitido pela BandNews com apresentação de Pablo Ribeiro. A sócia e pesquisadora sênior da Agroicone foi convidada para a primeira edição, junto com Camila Rodrigues, engenheira florestal e coordenadora do projeto Redes Socioprodutivas do Instituto Centro de Vida; Camila Gramkow, doutora em Economia da Mudança Climática pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido e oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL; e Beto Bina, responsável pela gestão das cadeias produtivas da marca VERT Shoes e cofundador da start-up FARFARM, consultoria de cadeias produtivas especializada em sistemas agroflorestais.

Assista o programa: https://youtu.be/7XKa8QKF9tM

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