Entre 2022 e 2024, aproximadamente 150 mil hectares de vegetação nativa foram incorporados a projetos de restauração florestal no Brasil, um avanço de 90% em relação a 2021. Embora expressivo, esse progresso ainda representa apenas uma fração da meta nacional de restaurar 12 milhões de hectares até 2030, evidenciando ao mesmo tempo a magnitude do desafio e o enorme potencial do setor para impulsionar a bioeconomia, gerar serviços ecossistêmicos essenciais e criar oportunidades ambientais e econômicas em larga escala.
A sócia e pesquisadora sênior da Agroicone, Laura Antoniazzi, foi uma das especialistas ouvidas pelo Valor Econômico e O Globo. Ela ressalta que incentivos e o mercado de carbono podem tornar negócios de restauração mais viáveis e rentáveis e também destaca o potencial de produtos florestais não madeireiros, como cacau, café e açaí em sistemas agroflorestais.
Para ampliar a escala da restauração florestal, especialistas ressaltam a importância de integrar conservação, financiamento e inovação nas cadeias produtivas. A implementação de políticas públicas estruturantes, como o Planaveg 2025–2028, pode acelerar a expansão dos projetos de reflorestamento, fortalecendo a conexão entre preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Estudos indicam que o setor possui potencial para gerar mais de R$ 770 bilhões em receitas líquidas, além de remover bilhões de toneladas de CO₂ da atmosfera, contribuindo significativamente para o alcance das metas climáticas e para a consolidação de uma bioeconomia robusta e competitiva no país.
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Valor Econômico / O Globo