Em 2025, o agronegócio brasileiro vive um momento atípico e positivo, marcado por safra recorde, preços atrativos e impacto direto no crescimento do PIB do setor. No entanto, especialistas alertam que esse cenário não deve se repetir em 2026, diante de margens mais apertadas, tarifas de exportação e crescentes exigências ambientais.
Em matéria publicada no Setorial de Agronegócios do Valor Econômico, Rodrigo Lima, sócio-diretor da Agroicone, destacou que a queda de 41,2% no desmatamento em 2024, segundo o MapBiomas, reflete a importância das políticas de comando e controle, a retomada do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e o combate a crimes ambientais.
Lima alerta, no entanto, para o equívoco de associar todo o desmatamento ao agronegócio: “É equivocado pressupor que todo desmatamento é causado pelo agronegócio“, afirma. Citando estudo do Instituto Igarapé que aponta que 85% do desmatamento ilegal decorre de atividades como mineração e extração de madeira.
Para ele, o setor agropecuário precisa assumir um papel proativo na diplomacia climática, especialmente durante a COP30, conectando-se a fontes de financiamento climático e reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.