O Plano Safra 24/25 trouxe aumento nos recursos disponibilizados para custeio e investimentos. Leila Harfuch, sócia-gerente da consultoria Agroicone, destacou a importância desse crescimento para fomentar a sustentabilidade e a inovação no setor. As taxas de juros foram reduzidas principalmente para a agricultura familiar e para empreendimentos sustentáveis.
Leila afirmou em entrevistas que, atualmente, as instituições financeiras não são obrigadas a verificar o que acontece nas propriedades após a concessão do crédito. Embora o Manual de Crédito Rural do Banco Central exija algumas comprovações, especialmente documentais, não há uma verificação se houve realmente uma recuperação de pastagens degradadas ou se o plantio direto foi efetivamente realizado.
Ela sugere que as certificações do Ministério da Agricultura podem servir como forma de monitoramento, mas têm limitações. É importante melhorar o próprio sistema de operações do crédito rural (SICOR) para ter escala na observância das práticas sustentáveis. As linhas do RenovAgro já têm custos altos de transação, e um sistema de monitoramento não pode elevá-los ainda mais, sob o risco de inviabilizar operações.
“Ninguém vai conseguir atender níveis de exigência muito altos. É necessário equilibrar as coisas. Comprar máquina é muito fácil, agora implementar recuperação de pasto, algo que envolve projetos técnicos, é bem mais complexo”, afirmou Leila.
Vejas as matérias em:
Globo Rural:
Plano Safra 24/25 Uso de Recursos Livres abre espaço para ampliar linhas de investimentos
Para produtores taxa de juros do crédito rural segue elevada
Capital Reset:
Canal Rural: