Leila Harfuch, sócia-gerente e pesquisadora sênior do Agroicone, participou, no último dia 4 de setembro, como painelista do Diálogos Entre Solos: Adaptação Climática e Agricultura, uma iniciativa do Pacto Global da ONU no Brasil.
Leila ressaltou que é preciso dar incentivos aos produtores que adotam práticas sustentáveis, empregando informações monitoradas e verificáveis, de forma simples e eficiente, para direcionar melhores condições de financiamento por meio de crédito rural e de apólices de seguro.
“O desafio é conseguirmos informações de qualidade, mesmo que autodeclaratórias, mas que revelam o monitoramento da adoção dessas práticas no campo. Em outras palavras, não adianta financiar uma correção do solo sem verificar se houve melhoria na sua qualidade após o financiamento” – apontou Leila.
A especialista destacou que o Brasil possui sistemas de incentivos em curso, como o Plano Safra 2024/2025, que oferece menor taxa de juros para produtores com certificações reconhecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ou que utilizaram crédito do Programa ABC+ ou Renovagro nos últimos 5 anos. Contudo, segundo Harfuch, precisamos de informações, uma estratégia robusta e custo-eficiente de monitoramento das operações de crédito e de seguro rural, para melhor direcionar os incentivos e premiar os produtores que estão alinhados à jornada de sustentabilidade da agropecuária.
Concluiu enfatizando que a política agrícola deve incorporar a gestão de riscos climáticos, ambientais, sociais e econômicos de forma integrada, partindo da adoção de boas práticas no campo.
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