Regulamentação do mercado de carbono é um dos principais pontos de negociação da 26ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC). A precificação de carbono (e particularmente o mercado de carbono) pode ter contribuições importantes para a implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira ao Acordo de Paris.
É o que indicam os resultados de um artigo científico que utilizou metodologia com modelos integrados, incluindo IMACLIM e o BLUM – Modelo de Uso da Terra para a Agropecuária Brasileira e modelos de energia, desenvolvido pela Agroicone. O artigo publicado pela Revista Energy Policy avalia expansão das emissões de gases do efeito estufa em três cenários para cumprir a NDC: por meio de políticas de comando e controle; por precificação de carbono; por isenção de combustíveis sensíveis para o abastecimento da população (como gasolina, diesel e petróleo liquefeito) das precificações de carbono.
O artigo reuniu contribuições de pesquisadores de diversos países, incluindo Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Agroicone (Brasil); e CIRED -Centre International de Recherche sur l’Environnement et le Développement, Université Paris-Est, Université Paris Saclay (França). São coautores o sócio e pesquisador sênior da Agroicone, Marcelo Moreira, e a pesquisadora da Agroicone Gabriela Mota da Cruz.
“A aplicação da modelagem econômica permite simular diferentes cenários combinando fatores de uso da terra, emissões de carbono e impactos sociais, contribuindo para avaliar de modo mais assertivo a adoção de políticas públicas na agropecuária. Verificamos nessa análise que há um potencial relevante para reduzir as emissões com um sistema de precificação de carbono”, avalia Marcelo.
A Revista Energy Policy disponibiliza o artigo na íntegra, sem custos, até o dia 18 de dezembro.
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Saiba mais sobre o BLUM – Modelo de Uso da Terra para a Agropecuária Brasileira
