Brasil e China, por sua grande participação no comércio internacional e sistemas alimentares, estão ligados de maneira inata ao enfrentamento dos desafios que integram a agenda de desenvolvimento sustentável da agropecuária. O desafio global de reduzir emissões de carbono está diretamente relacionado com cooperação com países parceiros. Considerando as relações bilaterais desenvolvidas historicamente entre os dois países, existem sinergias importantes que merecem ser exploradas.
A primeira se relaciona com a promoção da agropecuária de baixa intensidade de emissões e adaptada como forma de aprimorar os sistemas produtivos. Brasil e China necessitam da adoção contínua de tecnologias, boas práticas e sistemas inovadores para promover a agricultura resiliente em âmbito interno.
Para tanto, podem contribuir com o avanço das negociações sobre como integrar agricultura na agenda de mudanças do clima como uma das soluções para o enfrentamento do aquecimento global. Agregue-se a isso, o potencial de cooperação na agenda de restauração florestal, tema essencial diante dos desafios climáticos e da biodiversidade.
A cooperação na agenda de transferência e comércio de tecnologias é outro campo no qual os países têm muito a avançar. Outra agenda essencial está na adoção de padrões de segurança dos alimentos.
O sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo C. A. Lima, contribui com artigo para a Carta Brasil-China, publicação do Conselho Empresarial Brasil-China, em edição especial sobre sustentabilidade.